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Constituinte nas ruas e nas urnas
Data da notícia:
17/06/2014
Constituinte nas ruas e nas
urnas
Data da notícia:
17/06/2014
Por Bruno Elias
Os
próximos dias serão marcados pelos jogos da Copa do Mundo, por manifestações
sociais e pelas convenções partidárias que lançarão as candidaturas à
presidência da República.
Não
sabemos como o Brasil vai se comportar com a bola nos pés. Nas ruas, alguns
movimentos sociais têm pautado suas legítimas reivindicações e outros, limitado
seu horizonte de luta contra a realização do mundial no país. Em relação
a estas mobilizações, nossos governos devem dialogar sobre suas pautas e não
permitir a criminalização de suas lutas.
Para as
eleições, avizinha-se novamente a polarização entre a candidatura petista de
reeleição de Dilma e a oposição de direita, representada pelas candidaturas de
Aécio Neves e Eduardo Campos.
Essa
polarização tem se manifestado em importantes debates. Aécio, Eduardo e seus
principais assessores têm defendido abertamente um arsenal de medidas
“impopulares”: arrocho salarial em detrimento da política de valorização do
salário mínimo, desmonte da Petrobrás, autonomia do Banco Central, redução da
idade penal, defesa da lei que anistia os torturadores, oposição à politica de
participação social e criminalização dos movimentos sociais e da mídia progressista.
Por sua
vez, Dilma tem defendido como nos idos de junho a realização prioritária da
reforma do sistema político a partir de uma consulta popular e Lula manifestou
apoio à convocação de uma Constituinte para a reforma política e a
democratização dos meios de comunicação.
Vai
ficando cada vez mais evidente de que mais do que um ano eleitoral, 2014 é um
ano de importantes lutas políticas e sociais. E é neste contexto, pautando o
debate das eleições e mobilizando a população, que o tema da Constituinte
exclusiva e soberana do sistema político deve ser encarado como prioritário
pelo campo democrático e popular.
A
mobilização pela reforma política e a realização do plebiscito popular pela
Constituinte, entre os dias 1º e 7 de setembro, é parte desta luta geral por
reformas democráticas e populares, a exemplo da democratização da mídia, da
reforma agrária e urbana popular e de uma reforma tributária que amplie o fundo
público para as políticas universais, como saúde, educação, transporte e
cultura.
A
Constituinte, na verdade, é condição fundamental para a realização de tais
reformas. Rejeitada pelo atual Congresso Nacional, uma verdadeira reforma
política só virá com ampla participação popular. E é por isso que o plebiscito
organizado para setembro pode cumprir um papel educativo e mobilizador para
criar condições para um novo ciclo de mudanças estruturais no país.
A
campanha do plebiscito da Constituinte entrou em uma nova fase nas últimas
semanas. Após a criação de comitês em todos os estados e mais de 500 comitês
locais, deve acentuar seu caráter de massas e popular. Nesse sentido, serão
prioritárias as ações de rua, a realização de cursos massivos de formação e a
criação de comitês populares da campanha.
Assim, é
fundamental que os movimentos sociais e partidos de esquerda encarem as
manifestações deste período como uma oportunidade para pautar as reformas
estruturais, a Constituinte e o plebiscito popular. No final de julho, essa
deve ser uma pauta prioritária da Plenária Estatutária da CUT, nossa maior
central sindical. E para o dia 13 de agosto, a campanha convocou um Dia
nacional de lutas pela Constituinte. Os cursos massivos de formação,
também chamados de “Cursos das Mil”, serão espaços importantes de mobilização e
debate com os setores populares que a campanha deve atingir.
Além
disso, a municipalização e enraizamento da campanha por meio dos comitês
populares deve se intensificar nos próximos dias. O comitê é a organização de
base do plebiscito popular e deve atingir o maior numero de pessoas e locais de
atuação. Podem ser criados nos municípios, bairros, escolas, entidades,
universidades, locais de trabalho, etc. Cumpre o papel fundamental de situar o
debate da reforma política e da constituinte com as necessidades imediatas da
população e da comunidade.
Por fim,
é fundamental que o tema paute o processo eleitoral e que incida sobre a
plataforma da candidatura Dilma e dos governadores, senadores e deputados de
esquerda e progressistas. Nossas candidaturas e programas de governo devem se
comprometer desde já com a Constituinte e a reforma política, contribuindo
concretamente com a organização do plebiscito nos comitês de campanha e
colhendo milhões de votos SIM na primeira semana de setembro.
Bruno Elias, secretário nacional de movimentos
populares do PT
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Constituinte nas ruas e nas urnas
Data da notícia:
17/06/2014
Por Bruno Elias
Os próximos dias serão marcados
pelos jogos da Copa do Mundo, por manifestações sociais e pelas
convenções partidárias que lançarão as candidaturas à presidência da
República.
Não sabemos como o Brasil vai se comportar com a bola nos pés. Nas
ruas, alguns movimentos sociais têm pautado suas legítimas
reivindicações e outros, limitado seu horizonte de luta contra a
realização do mundial no país. Em relação a estas mobilizações, nossos
governos devem dialogar sobre suas pautas e não permitir a
criminalização de suas lutas.
Para as eleições, avizinha-se novamente a polarização entre a
candidatura petista de reeleição de Dilma e a oposição de direita,
representada pelas candidaturas de Aécio Neves e Eduardo Campos.
Essa polarização tem se manifestado em importantes debates. Aécio,
Eduardo e seus principais assessores têm defendido abertamente um
arsenal de medidas “impopulares”: arrocho salarial em detrimento da
política de valorização do salário mínimo, desmonte da Petrobrás,
autonomia do Banco Central, redução da idade penal, defesa da lei que
anistia os torturadores, oposição à politica de participação social e
criminalização dos movimentos sociais e da mídia progressista.
Por sua vez, Dilma tem defendido como nos idos de junho a
realização prioritária da reforma do sistema político a partir de uma
consulta popular e Lula manifestou apoio à convocação de uma
Constituinte para a reforma política e a democratização dos meios de
comunicação.
Vai ficando cada vez mais evidente de que mais do que um ano
eleitoral, 2014 é um ano de importantes lutas políticas e sociais. E é
neste contexto, pautando o debate das eleições e mobilizando a
população, que o tema da Constituinte exclusiva e soberana do sistema
político deve ser encarado como prioritário pelo campo democrático e
popular.
A mobilização pela reforma política e a realização do plebiscito
popular pela Constituinte, entre os dias 1º e 7 de setembro, é parte
desta luta geral por reformas democráticas e populares, a exemplo da
democratização da mídia, da reforma agrária e urbana popular e de uma
reforma tributária que amplie o fundo público para as políticas
universais, como saúde, educação, transporte e cultura.
A Constituinte, na verdade, é condição fundamental para a
realização de tais reformas. Rejeitada pelo atual Congresso Nacional,
uma verdadeira reforma política só virá com ampla participação popular. E
é por isso que o plebiscito organizado para setembro pode cumprir um
papel educativo e mobilizador para criar condições para um novo ciclo de
mudanças estruturais no país.
A campanha do plebiscito da Constituinte entrou em uma nova fase
nas últimas semanas. Após a criação de comitês em todos os estados e
mais de 500 comitês locais, deve acentuar seu caráter de massas e
popular. Nesse sentido, serão prioritárias as ações de rua, a realização
de cursos massivos de formação e a criação de comitês populares da
campanha.
Assim, é fundamental que os movimentos sociais e partidos de
esquerda encarem as manifestações deste período como uma oportunidade
para pautar as reformas estruturais, a Constituinte e o plebiscito
popular. No final de julho, essa deve ser uma pauta prioritária da
Plenária Estatutária da CUT, nossa maior central sindical. E para o dia
13 de agosto, a campanha convocou um Dia nacional de lutas pela
Constituinte. Os cursos massivos de
formação, também chamados de “Cursos das Mil”, serão espaços importantes
de mobilização e debate com os setores populares que a campanha deve
atingir.
Além disso, a municipalização e enraizamento da campanha por meio
dos comitês populares deve se intensificar nos próximos dias. O comitê é
a organização de base do plebiscito popular e deve atingir o maior
numero de pessoas e locais de atuação. Podem ser criados nos municípios,
bairros, escolas, entidades, universidades, locais de trabalho, etc.
Cumpre o papel fundamental de situar o debate da reforma política e da
constituinte com as necessidades imediatas da população e da comunidade.
Por fim, é fundamental que o tema paute o processo eleitoral e que
incida sobre a plataforma da candidatura Dilma e dos governadores,
senadores e deputados de esquerda e progressistas. Nossas candidaturas e
programas de governo devem se comprometer desde já com a Constituinte e
a reforma política, contribuindo concretamente com a organização do
plebiscito nos comitês de campanha e colhendo milhões de votos SIM na
primeira semana de setembro.
Bruno Elias, secretário nacional de movimentos populares do PT
Constituinte nas ruas e nas urnas
Data da notícia:
17/06/2014
Por Bruno Elias
Os próximos dias serão marcados
pelos jogos da Copa do Mundo, por manifestações sociais e pelas
convenções partidárias que lançarão as candidaturas à presidência da
República.
Não sabemos como o Brasil vai se comportar com a bola nos pés. Nas
ruas, alguns movimentos sociais têm pautado suas legítimas
reivindicações e outros, limitado seu horizonte de luta contra a
realização do mundial no país. Em relação a estas mobilizações, nossos
governos devem dialogar sobre suas pautas e não permitir a
criminalização de suas lutas.
Para as eleições, avizinha-se novamente a polarização entre a
candidatura petista de reeleição de Dilma e a oposição de direita,
representada pelas candidaturas de Aécio Neves e Eduardo Campos.
Essa polarização tem se manifestado em importantes debates. Aécio,
Eduardo e seus principais assessores têm defendido abertamente um
arsenal de medidas “impopulares”: arrocho salarial em detrimento da
política de valorização do salário mínimo, desmonte da Petrobrás,
autonomia do Banco Central, redução da idade penal, defesa da lei que
anistia os torturadores, oposição à politica de participação social e
criminalização dos movimentos sociais e da mídia progressista.
Por sua vez, Dilma tem defendido como nos idos de junho a
realização prioritária da reforma do sistema político a partir de uma
consulta popular e Lula manifestou apoio à convocação de uma
Constituinte para a reforma política e a democratização dos meios de
comunicação.
Vai ficando cada vez mais evidente de que mais do que um ano
eleitoral, 2014 é um ano de importantes lutas políticas e sociais. E é
neste contexto, pautando o debate das eleições e mobilizando a
população, que o tema da Constituinte exclusiva e soberana do sistema
político deve ser encarado como prioritário pelo campo democrático e
popular.
A mobilização pela reforma política e a realização do plebiscito
popular pela Constituinte, entre os dias 1º e 7 de setembro, é parte
desta luta geral por reformas democráticas e populares, a exemplo da
democratização da mídia, da reforma agrária e urbana popular e de uma
reforma tributária que amplie o fundo público para as políticas
universais, como saúde, educação, transporte e cultura.
A Constituinte, na verdade, é condição fundamental para a
realização de tais reformas. Rejeitada pelo atual Congresso Nacional,
uma verdadeira reforma política só virá com ampla participação popular. E
é por isso que o plebiscito organizado para setembro pode cumprir um
papel educativo e mobilizador para criar condições para um novo ciclo de
mudanças estruturais no país.
A campanha do plebiscito da Constituinte entrou em uma nova fase
nas últimas semanas. Após a criação de comitês em todos os estados e
mais de 500 comitês locais, deve acentuar seu caráter de massas e
popular. Nesse sentido, serão prioritárias as ações de rua, a realização
de cursos massivos de formação e a criação de comitês populares da
campanha.
Assim, é fundamental que os movimentos sociais e partidos de
esquerda encarem as manifestações deste período como uma oportunidade
para pautar as reformas estruturais, a Constituinte e o plebiscito
popular. No final de julho, essa deve ser uma pauta prioritária da
Plenária Estatutária da CUT, nossa maior central sindical. E para o dia
13 de agosto, a campanha convocou um Dia nacional de lutas pela
Constituinte. Os cursos massivos de
formação, também chamados de “Cursos das Mil”, serão espaços importantes
de mobilização e debate com os setores populares que a campanha deve
atingir.
Além disso, a municipalização e enraizamento da campanha por meio
dos comitês populares deve se intensificar nos próximos dias. O comitê é
a organização de base do plebiscito popular e deve atingir o maior
numero de pessoas e locais de atuação. Podem ser criados nos municípios,
bairros, escolas, entidades, universidades, locais de trabalho, etc.
Cumpre o papel fundamental de situar o debate da reforma política e da
constituinte com as necessidades imediatas da população e da comunidade.
Por fim, é fundamental que o tema paute o processo eleitoral e que
incida sobre a plataforma da candidatura Dilma e dos governadores,
senadores e deputados de esquerda e progressistas. Nossas candidaturas e
programas de governo devem se comprometer desde já com a Constituinte e
a reforma política, contribuindo concretamente com a organização do
plebiscito nos comitês de campanha e colhendo milhões de votos SIM na
primeira semana de setembro.
Bruno Elias, secretário nacional de movimentos populares do PT
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