“Não há nenhum planejamento. Esse é um governo completamente desorganizado. Isso faz com que as obras encareçam pela lentidão, fruto da desorganização”, destacou o deputado federal César Colnago (PSDB-ESP, ao lembrar que inúmeras dessas ações foram apontadas como irregulares. Em sua avaliação, é lamentável que o povo brasileiro tenha visto o país perder uma grande oportunidade de investir em um legado para o futuro.
“O povo brasileiro não teve praticamente nenhum legado da Copa, seja na área do transporte ou da mobilidade urbana, afinal ficou tudo por concluir, a não ser os estádios”, afirma o parlamentar tucano.
Alguns dos principais exemplos de ações inconclusas estão em Cuiabá. O aeroporto, que não teve as obras de ampliação e reforma terminadas, viu parte do teto desabar após algumas chuvas. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da capital mato-grossense só alcançou 40% da execução física. Em Manaus, outro aeroporto inconcluso. No Recife a morosidade se deu com o BRT que deveria estar pronto em março, mas só tem 14 das 45 estações dos eixos norte-sul e leste-oeste em funcionamento.
Dos doze estádios construídos especialmente para a Copa do Mundo, pelo menos quatro foram considerados “elefantes brancos” desde o projeto. São eles: Mané Garrincha (Brasília), Arena Pantanal (Cuiabá), Arena Amazônia (Manaus) e Arena das Dunas (Natal). Em dado momento, quando os estádios ainda estavam em construção, autoridades sugeriram que algumas arenas poderiam ser transformadas em presídio.
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