domingo, 11 de janeiro de 2015

Chuva com vento instala o caos em São Paulo, mas autoridades respondem com descaso

Luz de vela – É difícil imaginar que a quarta maior cidade do planeta, São Paulo, para por causa de uma chuva rápida e acompanhada de vento. Pode parecer enredo de filme de terror, mas é exatamente isso que aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (8), quando uma chuva de pouco mais de meia hora colocou dezenas de semáforos em pane, causou mais de vinte pontos de alagamento, deixou milhares de paulistanos sem energia elétrica, fechou o aeroporto de Congonhas, um dos mais importantes do País, e derrubou o telhado de um hangar.
No apagar das luzes de 2014, buscando uma explicação convincente para a crescente incompetência de sua administração, o prefeito Fernando Haddad comparou as tempestades de verão que caem sobre a capital paulista nessa época do ano com o furacão Katrina, que em agosto de 2005 destruiu a cidade de New Orleans, nos Estados Unidos.
Buscar desculpas além das fronteiras verde-louras tornou-se uma mania entre petistas incompetentes, como a presidente reeleita Dilma Vana Rousseff, que no seu primeiro e desastroso mandato culpava o cenário internacional pela crise econômica que continua chacoalhando o Brasil. A petista errou durante quatro anos seguidos na condução da política econômica, mas a culpa é dos gringos.
Deixando de lado as questões econômicas e retomando o caos que se instalou em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad desconhece a força de um furacão e o rastro de destruição que deixa essa bizarra e furiosa manifestação da natureza.
Nos Estados Unidos, país que Haddad decidiu se agarrar para explicar os alagamentos e centenas de árvores que recentemente desabaram na Pauliceia Desvairada, mesmo sob os fortes ventos de um furacão os semáforos funcionam, as árvores demoram a cair e poucos são os pontos de alagamento. Lembrando que não se pode comparar a força de um furacão com o vento que embala uma chuva mais teimosa e barulhenta.
O editor do UCHO.INFO enfrentou três ferozes furacões na terra do Tio Sam, mas em nenhum momento ficou no escuro, teve de atravessar alagamentos ou viu semáforos inoperantes. Aliás, Fernando Haddad, o prefeitinho, deveria enfrentar uma dezena de furacões para, pelo menos, arejar as ideias.
No escuro
Em relação à interrupção do fornecimento de energia em vários bairros da cidade de São Paulo, a empresa AES Eletropaulo mais parece uma usina de irresponsabilidade. Inúmeras regiões da cidade ficaram no escuro durante mais de cinco horas, mas a assessoria de imprensa da Eletropaulo se limitou a dizer que nos registros da distribuidora havia reclamações pontuais de falta de energia. Em todas as regiões da maior cidade brasileira faltou luz, mas a empresa finge ignorar a realidade alegando interrupções pontuais.
Em qualquer país minimamente sério, com autoridades responsáveis, a Eletropaulo já teria perdido a concessão, além de receber multa milionária por causa do péssimo serviço que presta aos consumidores. Milhares de negócios deixaram de funcionar na capital paulista, na noite desta quinta-feira, por causa da falta de energia, assim como centenas de consumidores residenciais perderam medicamentos que dependem de refrigeração, como insulina, por exemplo. Resta saber quem arcará com esses prejuízos.
Por outro lado, quem ousou telefonar para a Eletropaulo em busca de alguma informação, deparou-se com um enfadonho atendimento eletrônico. Qualquer informação extra, fornecida por um operador de teleatendimento, exigia do consumidor paciência para aguardar quase uma hora. Mesmo assim, a informação só era obtida depois de seguidas chamadas para a central da empresa. A legislação vigente determina que o atendimento telefônico de consumidores deve ocorrer em no máximo um minuto, mas na terra da malandragem as empresas colocam máquinas para falar com pessoas, forma encontrada para driblar a lei.
O caso é de polícia, sem sombra de dúvidas, mas vale lembrar que o Brasil é e sempre será o reino do faz de conta. Até porque, a reeleita Dilma vendeu aos incautos cidadãos a ideia de que o Brasil é a versão melhorada do País de Alice, aquele das maravilhas, sem que até agora alguém tivesse reclamado do embuste oficial. Eis o Brasil!
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