Meus respeitos a GERALDO BARBOZA DE CARVALHO - E, com a permissão do site original, reproduzo aqui um dos mais transparentes artigos que li sobre Brasil e Brasileiros!
Parabéns Geraldo!
Geraldo Barboza de Carvalho
É sintomático do caldo de cultura nacional a gaia apologia da malandragem. Diante das vísceras expostas da safadeza e frouxidão ética que infectam a República nos três níveis do poder e se ramificam por toda a sociedade, frutos podres da malandragem institucionalizada no País, dá profunda tristeza, imensa indignação ouvir e ver o filho do sambista João Nogueira cantar, inzoneiro, a exaltação da malandragem, opondo-a com desdém ao seu oposto sociológico, o desprezível Mané. Diz ele: "Malandro é malandro, mané é mané". Diz o Dicionário Aurélio: "Malandro é o indivíduo dado a abusar da confiança dos outros, que não trabalha e vive de expedientes, preguiçoso, mandraço, mandrião, patife, velhaco; gatuno, ladrão, esperto, matreiro, astuto, vivo". Malandro é o sujeito dotado de inominável cara-de-pau, dono de destruidor sorriso sardônico e um imbatível sarcasmo, sempre tranqüilo, boa praça, dono da situação e senhor da razão, que não liga pra o que ocorre em volta, rei da trapaça, do trambique, sem limites ou respeito à ética, às conveniências, às leis: ele é a lei, tripudia sobre os bons costumes, contanto que vença, não importa o preço a pagar. Ele paga, pois sabe que pode contar com a conivência dos comparsas de plantão e da justiça corruta. Sabe que no País de sinais éticos trocados (o errado é o certo, o certo é o errado), dinheiro também compra consciências. Por isto, tem muitos amigos e grande prestígio na high society, nas altas rodas sociais e nada lhe falta. O malandro pratica seus crimes com elegância e requinte. Tem bons advogados para defendê-los e juízes para absolvê-los.
Malandro pode ser preso, mas não fica na cadeia muito tempo. Tem padrinhos fortes na sociedade, da qual é emérito professor. Os poderosos não o deixam passar apertos. O malandro está nos antípodas da pessoa honesta, ética, que ele chama mané, otário. Malandro e mané são como água e azeite: não se juntam. Seus valores éticos não se cruzam, estão em permanente conflito. A cara-de-pau do malandro é sinal que apagou o seu senso ético. Mas os que ele chama de otários têm agudo senso ético. A ética é a marca irremovível, indelével, que caracteriza o ser humano saudável. A malandragem é uma patologia ética, desvio de caráter ético na busca do bem comum, na política sadia: cegueira e cinismo ético-político, insensibilidade ao bem comum caracterizam o malandro. Ele é egoísta, oportunista, golpista. Pra ele só há "venha a nós, ao vosso reino, nada". Para o malandro, toda pessoa é uma vítima potencial. Mas, ele não pode ser vítima de ninguém. É o típico homem mau, com cara de gente boa: Malus andrós (andrós é homem; malus é mau). Por ser aético, engana todos com sorriso fabricado. E muitos compram gato por lebre. Como o cigano que, sorrindo, vende jóias de latão polido dizendo que é de ouro. Importa que o malandro individualmente vença. Pouco importa quem vai perder. O malandro é a encarnação do safado e asqueroso político tupiniquim, que concorre a mandatos imbuído da má fé do malandro: locupletar-se com o que não lhe pertence, roubar. O bem público é detalhe. Os eleitores são coisas, mercadorias de trocas por votos. É praxe: o que sobra da rapina geral o político cínico dá ao povo de esmola ou escambo eleitoreiro, e o povo ainda sai dizendo: "isto é que é político bom, mão aberta, que ajuda os pobres". A matriz ideológica dessa lixívia política não é a direita ou a esquerda. O político brasileiro não tem ideologia, filia-se ao partido que lhe oferece vantagens, vitórias eleitorais, trampolim para ele exercitar a catunagem desbragada. Ele sai PT e entra no PP sem escrúpulo ético algum. Como o Presidente Lula que, para governar, aliou-se à mundiça, aos políticos mais nojentos do Brasil: Paulo Maluf, Zé Sarney, Jader Barbalho, expertos na pilantragem política, batedores contumazes dos cofres públicos. A malandragem é a ideologia do político brasileiro. Sua mente é preparada para pensar, idealizar, praticar o roubo sem remorso nem crise de consciência. Ele é aético, um monstrengo antropológico, uma aberração sociológica, agente do espírito mau como o malandro. Por isto, este serve de modelo para os políticos e magistrados, do Presidente da República ao Governador de Estado, do Presidente do Congresso e assembléias legislativas às câmeras dos vereadores, do deputado federal, estadual ao vereador, do Presidente do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Regionais aos Tribunais estaduais, autoridades em geral e boa parte da população, todos estão imbuídos do espírito diabólico e aético, bebem da água suja da proverbial esperteza do malandro. Por isto, a malandragem é instituição nacional de largo alcance social e mil matizes, cantada em versos, louvada em prosa, expressa em atitudes e gestos os mais variados. Ela é grave patologia sócio-cultural do Brasil.
O malandro é a encarnação do jeitinho brasileiro, perícia em burlar valores éticos e as leis, sem receber um pai-nosso de penitência. Por isto, é respeitado, muitos miram-se nele. A pessoa de bem não tem visibilidade. Cumpre seus deveres, educa os filhos nos valores éticos: ensina-os a respeitar pessoas, não tirar vantagem de ninguém. Sua lei é o direito e a justiça, que estão na contramão da malandragem. Por isto, é tratada de mané, ninguém lhe dá atenção nem a teme, mas menospreza e zomba dela. Mané é Zilda Arns, que deixou o conforto de uma mãe de família feliz, de uma merecida aposentadoria, para cuidar da saúde e do bem-estar de milhares de brasileiros pobres, embora fosse tratada pelos políticos corrutos de Brasília como a desprezível "mulher do sorinho". Não precisa comentar a grandeza da obra de amor desta anawin, pobre de Javé, enriquecida com a vida divina, distribuída em abundância com os pobres. O valor desta mulher que os cegos malandros não vêem "está escondido em Deus com Cristo" Cl 3,3. Mané é o pai, a mãe de família honesta, que ganha o pão com o suor do rosto, paga impostos, cumpre seus deveres de cidadão. Mané é o pesquisador que queima os neurônios nos tubos e pranchetas, a professora que ensina a cidadania ativa e senso crítico formador do caráter dos jovens e gerador dos bons costumes sociais. Valores que ofendem os malandros de todos os coturnos, sem escala de valores, que passam a impunidade de pai para filhos, como coisa normal. Os filhos do malandro e dos políticos aprendem em casa que a regra do sucesso é vencer com artimanhas. "O mundo é dos mais sabidos", dizem. Malandro são os padres e bispos pedófilos, que usam da autoridade para abusar da boa-fé, do corpo e da alma de indefesas crianças e jovens. Malandros são os padres que usa o altar como palanque político-eleitoral para ganhar os votos dos fiéis. Malandro é Edir Macedo que enriqueceu à custa da boa-fé de pessoas humildes, que acham vão receber bênçãos, enriquecer se derem tudo que à Igreja Universal do Reino de Satanás. Malandro é o Presidente Lula, ao dizer que seu filho Lulinha é um craque, um Ronaldinho, porque enriqueceu da noite pra o dia sem esforço, comprou uma fazenda de gado de corte para exportação, de porteira fechada, por R$ 48.000.000 (quarenta e oito milhões de reais), com certeza conseguidos por fraude. Antes do pai assumir, Lulinha era funcionário do Zoológico da Cidade de São Paulo, com salário de R$ 600,00. Assim que o papai Presidente assumiu, o craque, o ás recebeu sem ônus 5 milhões de reais da Telemar (OI), como propina de nebulosa transação comercial com adversário político, com as bênçãos do Lulão, permitindo ao Lulinha abrir empresa de jogos eletrônicos, sem desembolsar um centavo. É o início da morbidez da malandragem em célere metástase do fétido mensalão do PT, com Zé Dirceu como seu agente mais agressivo, com poderosas ramificações em Guchinken, Genoíno, Silvinho, Delúbio Soares, ao todo 40 ladrões do PT, processados pelo STF. Era de excelente alvitre que Lula, o Alibabá da súcia fosse enquadrado também. Mas as raposas políticas e judiciárias alegaram crise institucional se ele fosse processado. Ora, por 10% do mensalão Collor foi cassado e a República não teve crise alguma. Como Lula foi inexplicavelmente blindado por forças políticas e judiciais misteriosas provavelmente envolvidas também no mensalão, a malandragem do PT continua de vento em popa e ninguém tem pressa em dar satisfação política e jurídica à sociedade.
Sob o manto vampírico da impunidade, a malandragem continua desgraçando o País, a partir do topo dos 3 poderes da Nação. O PT, o partido da ética quando na oposição,
mostrou sua real cara quando assumiu o Governo e se fez paradigma da malandragem nacional. Num triz, tornou-se o partido dos trambiqueiros, dos caras-de-pau, origem dos maiores escândalos políticos jamais vistos na história deste País, chamados pelo Presidente Lula de pequenos erros dos companheiros. Desta forma, Lula, Presidente de honra do PT e da República, tornou-se o emblema do vencedor sem trabalhar, que usa o dinheiro público como se fosse dele. O mau exemplo do Presidente Lula criou escola e foi imitado Brasil afora sem pudor. Ministros e Governadores abusam dos aviões da FAB e dos Estados pra viajarem com companheiros de farra, as famílias, as amantes, os compadres à custa dos indecentes impostos que pagamos. O Governador do Ceará, da base aliada de Lula, passeou pela Europa com a família, sogra, amigos à custa do erário estadual. Foi processado pela Assembléia Legislativa e nada devolveu do dinheiro roubado do CE. A Ministra da Ação Social, Benedita da Silva, viajou a Buenos Ayres, com grande comitiva, em avião da FAB, pra participar de uma reunião da Igreja dela. Sua sucessora foi pega fazendo comprar pessoais num free shop de aeroporto com cartão corporativo de uso exclusivo a serviço. O ministro de Esportes foi pego comprando tapioca em Brasília com o cartão corporativo. Criado pra facilitar pequenas compras nos ministérios sem licitação, mas com prestação de contas, o cartão corporativo se tornou o mais festejado cu-de-mãe-joana do Governo Lula.
Mas, no País da frouxidão ética, da justiça conivente, os filhotes de ditadores do PT acham que podem tudo: pintam o 7, desenham o 8, deitam, rolam, nada lhes acontece no País do carnaval, a Pasárgada dos malandros caras-de-pau, cujo chefe é Lula. Lula é malandro, pois permite que Lulinha use aviões do Governo para trazer amigos de São Bernardo para farrearem no Palácio do Planalto e Granja do Torto com o meu e o seu dinheiro. Dia desses um avião do Governo decolou de São Paulo com destino a Brasília, levando autoridades federais. A quase meio caminho, recebeu ordem da ASI do General Feliz para retornar a São Bernardo para embarcarem os amigos e filhos de Lula, para farrearem no fim-de-semana no Palácio do Planalto. Malandro é Lula que defende 40 mensaleiros do PT, "indiciados por formação de quadrilha, com o intuito de manterem-se no poder por muitos anos" por meios ilícitos, e quando ameniza os crimes dos comparsas como sendo pequenos erros. Ora, são crimes, não apenas erros. Erros se perdoam, mas crimes punem-se. Malandro é Lula quando defende o corruto Sarney nos crimes da Fundação Sarney, dando como justificativa que "ele não é um cidadão comum". É malandro também o desembargador do DF que, violando a Lei de imprensa, proíbe o Estadão de prosseguir nas investigações das falcatruas do filho do Senador, Fernando Sarney, para não pôr em risco a candidatura de Dilma Roussef apoiada por ele. Para Lula, Sarney e o filho não são como os manés honestos, párias, otários que são punidos ao menor deslize. Com o judiciário comprometido que temos, corruto algum irá pra cadeia, pois a Justiça brasileira, nas três instâncias, está a posto para defender os malandros de alto coturno, pois o dinheiro abre as portas da Justiça fechadas aos manés. Malandro é, ainda, o Presidente Lula ao se alinhar aos ditadores Chaves, Rodrigues, Ahmadinejad e Evo Morales, a escória da política internacional.
Malandra é primeira anta do País, Marisa Lula da Silva, ao sacar 600 mil reais em bancos oficiais com o cartão corporativo a que não tem direito e abrir poupanças de 200 mil pra cada um dos 3 netinhos, pra garantir o futuro deles. Malandro é o General Feliz, Chefe da Agência de Segurança Institucional que encobre as malandragens do Presidente e seus familiares, em nome da segurança nacional. Dona Mariza Lula não tem direito a salário, pois não é funcionária do Governo, mas primeira Dama, que não é emprego. Pois ela saca mais de 50 mil reais mensais e os gasta sem prestar contas. O salário do Presidente é em torno de 25 mil reais, mas Lula saca 1,5 milhão de reais por mês e os usa como quer. Não é de admirar que a fortuna pessoal do malandro mor da Nação nos paraísos fiscais seja de cerca de 2,5 bilhões de dólares, segundo agentes econômico dos USA. Os filhos de Lula usam, sem limite, para fins pessoais, cartões corporativos de uso restrito do Presidente e ministros, pra fins administrativos. Mas o General Feliz tem afirmado que, quanto menos se souber das malandragens do Lula e familiares, melhor pra segurança nacional. De qual Nação? Na cabeça do General, a República Federativa do Brasil resume-se no Presidente e sua família. Assim pensava o déspota Luis XIV: 'L'État c'est moi': eu sou o Estado, a Nação. Em boa hora a guilhotina cortou o bestunto do régio malandro. Dizem as afiadas línguas que o Luiz 15 francês virou Luiz 51 no Brasil. Faz sentido! O pileque presidencial é realmente assunto de segurança nacional. Como o povo pode sentir-se seguro com o Timoneiro à deriva? Ora, general Feliz, segurança nacional é proteção das fronteiras e soberania do País dos contrabandos de mercadorias, armas, drogas, dos ataques ideológicos e armados externos. Mas, V.a Ex.a não passa de um ridículo títere do megalomaníaco e cínico Presidente, sem ética nem cidadania. Presidente que não ama seu Pais, mas tira proveito dele. Coisa de malandro, de gente sem caráter!
Triste ser governado por um homem de tão baixo nível ético e cínico; sem memória histórica, sem respeito pelas conquistas passadas, que achincalha covardemente seus antecessores que puseram o Brasil nos trilhos políticos e econômicos há cerca de 20 anos. Governo sem originalidade econômica e social, na política retrocedeu ao tempo dos coronéis mais autoritários. O Deputado Federal Henrique Meireles foi cedido ao PT pelo PSDB de Goiás, para assumir a Presidência do Banco Central, porque no PT não havia um economista capaz de substituir Pedro Malan. As políticas monetária dos juros altos e a econômica do câmbio flutuante são as mesmas de Fernando Henrique. A política social, idem: A bolsa escola e o vale gás de Fernando Henrique tornaram-se o bolsa família de Lula. O PETI foi idealizado pela Primeira Dama Ruth Cardoso. A única obra de Mariza Lula foi uma plástica no rosto sardento do tempo de pobreza. As provas de avaliação de universitários foram criadas por Paulo Renato, Ministro da Educação de FHC. Nada mudou. Mas, restou a língua má pra enlamear as coisas boas de Governos anteriores, desde Itamar Franco, cujo Ministro da Fazenda foi Fernando Henrique que, com os economistas Pérsio Arida, Bresser Pereira, Gustavo Franco e Chalita idealizaram a URV (unidade real de referência), que foi a moeda de transição virtual do Cruzado para o Real, que foi implantado no primeiro mandato de Fernando Henrique. Foi a primeira vez que um plano de combate à inflação teve sucesso. O real foi o início da estabilidade econômica, financeira, monetária do País, cujos benefícios já duram mais de 20 anos. Em apoio à política monetária, a Lei de responsabilidade fiscal foi aprovada no Congresso, pra limitar a irresponsável gastança do dinheiro em todos os níveis do Governo. O PT votou contra a Lei e a Prefeita de S Paulo, Marta Suplicy a infringiu várias vezes. Mas não teve jeito: a Lei de responsabilidade fiscal é uma dentre as muitas coisas boas criadas antes de Lula. José Serra, então Ministro da Saúde, criou os remédios genéricos, quebrou a patente dos remédios contra AIDS e abriu caminho pra outros países fazerem o mesmo. Esperava-se uma revolução social e trabalhista no País com um Governo de esquerda no poder. Mas, o que se viu foi o continuísmo e o retrocesso às práticas políticas dos coronéis. Inclua-se aí o mensalão, a compra de votos, uso dos cartões corporativos sem controle, do Estado como bem particular. E o Presidente que detesta estudar, mas ama um bom copo, abre a boca pra dizer que recebeu uma herança maldita dos Governos anteriores e nunca na história deste País se governou como ele. Como pode um homem público ser tão leviano e irresponsável? No primeiro mandato de Lula, em 1.200 dias Governo, ele viajou 950 dias. Viajou em 4 anos, mais que o Governo anterior em 8. A mentira, a desfaçatez torna-se o pão diário do Presidente mais popular do Brasil. É trágica a cega cooptação popular, que dá a Lula 80% de aprovação. Na aparência, é uma glória "nunca vista na história deste País"; de fato, é a chacina e chafurdice pública da ética, exibidora da ignorância política do povo, cuja escala de valores segue o mau exemplo dos corrutos que legislam, julgam, governam. Mas, como na terra de cego quem tem um olho é rei, a ignorância popular é a mercadoria do nojento escambo da política no Brasil. "Na terra de sapos, de cócoras com eles. As palavras movem, mas os exemplos, bons ou maus, seduzem", diz um sábio romano.
Depois admiram-se que somos o País da impunidade, que o crime aumente no País, que haja tantos assaltantes, sonegadores, contrabando, fraude fiscal. A justiça defende malandros e alimenta a impunidade. Do lado de baixo do equador o roubo compensa. E os maus exemplos vêem das autoridades que os deveria dar bons. Mas, quando os líderes são corrutos, os liderados se desviam. Um dia eles prestarão conta: a justiça tarda, mas não falha. Somos realmente a Pindorama de Macunaíma, dos malandros e heróis sem caráter! Talvez, um dia inverteremos as palavras sábias e indignadas de Rui Barbosa dirigidas aos jovens no começo do século XX:
"Sinto vergonha de mim. Por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, primar pela verdade e ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço enveredando por caminhos que não quero percorrer…
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho pra onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro !
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto". Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência"
Ruy Barbosa
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/32754/1/APOLOGIA-DA-MALANDRAGEM/pagina1.html#ixzz13RECxDPf
Infelizmente este reino da malandragem que se consagrou no governo petista, nada mais é do que a índole do brasileiro comum, florescendo a todo vapor, agora que o exemplo vem de cima.
ResponderExcluirEsse texto está mesmo um primor!
Bjs