quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Lula e a Polícia Federal

Lula e a Polícia Federal

(*) Ipojuca Pontes –
ipojuca_pontes_15A Polícia Federal anda atrás de Lula. Ela quer que o operário relâmpago (eleito presidente da República pela aliança firmada entre a esquerda sindical corrupta, ateus da teologia da libertação e os marxistas da USP) preste esclarecimentos sobre R$ 100 mil repassados por Marcos Valério, operador do mensalão, ao Líder Máximo.
O fato concreto é que MV, no depoimento prestado na Polícia Federal em 2012, acusou Lula de ter se beneficiado da grana que escorria fácil do propinoduto mineiro abastecido com recursos públicos. Melhor: na mesma data, o operador do mensalão também compareceu à Procuradoria Geral da República e acusou o Líder Máximo de intermediar a doação ilegal de R$ 7 milhões da Portugal Telecom para os cofres do PT (Partido da Trapaça).
Lula, como se sabe, é o típico reincidente específico. Já se disse que, aberta qualquer página do Código Civil, não seria difícil deixar de enquadrar Dr. Lula, autoproclamado “metamorfose ambulante”, criatura useira e vezeira em articular “malfeitos” de espantar a própria figura do Demo.
Com efeito, cabe de tudo no nosso código de leis, o mesmo que agrupa as normas e relações jurídicas de ordem privada. Nos seus diversos artigos, discriminam-se os crimes de concussão, peculato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, suborno, adultério, apropriação indébita, chantagem, nepotismo – o diabo a quatro. Cometendo alguns desses “malfeitos”, se o sujeito trastejar, pode mofar no bafo da perpétua.
(Falar em nepotismo, circula na Internet uma impressionante denúncia do pastor Silas Malafaia contra o governo do PT, que, segundo ele, pressiona a Receita Federal para enquadrar a Igreja Assembléia de Deus Vitória em Cristo, coordenada pelo pastor, como lesiva ao fisco. Indignado com a perseguição implacável, que diz ser de natureza política e religiosa, Malafaia, de peito aberto, quer que o governo do PT mande a Receita investigar a súbita riqueza de Lulinha que, de pobre rapaz, passou à condição de bilionário quando Lula se fez presidente).
A propósito, circula também na Internet, sempre preciosa, um vídeo mais que oportuno, a ilustrar o samba de pagode “Malandro Moderno”. Na peça, em cores vivas, Eike Batista, o criminoso e mecenas dos filmes milionários de Cacá Diegues e Arnaldo Jabor, troca beijos e abraços com Dilma e Lula, todos sorridentes e felizes, especialmente Eike, quem sabe por tascar a mão grande nos bilhões do BNDES e, de quebra, manipular no mercado de capitais a venda de ações de suas empresas fraudulentas, razão pela qual está sendo enquadrado pelo Ministério Público por formação de quadrilha, falsidade ideológica e indução planejada do investidor a erro.
Na minha modesta opinião, Lula há muito tempo deixou de ser “metamorfose ambulante” para se transformar num caso clínico. No plano psicológico, o perfil do personagem projeta o autista que, cego para a realidade exterior, constrói um mundo autônomo no qual só ele interessa. (De fato, o tipo merece exame bem mais acurado. Só para ficar num rápido esboço, convém ressaltar que Lula não raciocina, mente e inventa. Não reflete, improvisa. Não escuta, introjeta. Não pede, ordena. Não fala, agride, as vezes com deboche ou palavrões. Não paga, corrompe com concessões, benesses e empregos públicos – no que atingiu, aliás, a excelência.
De volta ao mensalão: questionado por uma repórter sobre o depoimento a ser prestado na Polícia Federal a respeito das acusações de Marcos Valério, o Dr. Lula tripudiou:
- Só (vou) se você me convidar.
Mais tarde, questionado de novo levou a coisa para o terreno do deboche e da mentira.
- Quando eu for convidado, meu amor! Eu não recebi nada. Foi você que me falou e outra moça, hoje à tarde. Eu acho engraçado que é a primeira vez que alguém é convidado pela imprensa.
Lula teme a convocação da Polícia Federal por que tem medo de que o interrogatório, vazado na mídia, prejudique a já complicada reeleição de Dilma. De fato, há sete meses a PF tenta ouvir o Líder Máximo sobre a grana do Valério, inutilmente. Se quisesse, o órgão de repressão do Estado, em vez de convidar, intimaria Lula para ouvi-lo. Mas acredito que a PF desconfia que Dilma Rousseff apenas dispõe do diploma legal de Presidenta. De fato, o proprietário do País é o Lula, ainda que cada vez mais aloprado.
(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

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